segunda-feira, 3 de outubro de 2011

dia.

   

          «  Vou até à janela, puxo de um cigarro e apercebo-me que não fumo, agarro no telemóvel para falar com alguém e apercebo-me que não tenho nada para dizer. Fico apenas especado a olhar para o vazio. A rua fica bonita sem ninguém, só os candeeiros acesos, só as folhas caídas a serem levadas pela brisa, só o barulho do vento nas árvores, só a rua. Nunca tinha reparado como é bonita. Olho para o relógio, são seis e trinta e cinco, pensei que já tivessem passado duas horas, passaram dois minutos. Olho de novo para a rua, passaram dois minutos e já perdeu o encanto todo, como tudo na minha vida. Volto para dentro. »

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